segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Sobre dores e alma

Por: Rejane Araujo

Dói, não há outro jeito.
Dói agora.
Uma dor constante.
Uma dor latente.
Doeu ontem
Ainda deverá doer amanhã
E depois
E, talvez, depois.
Pode doer incontáveis dias.
Não. Dor não se conta.
Dor se sente
Aperta o peito
Arde a alma
Queima a esperança
Inunda os olhos
Para a dor física, analgésicos
Para a dor da alma, música, papel e caneta
Para doer ainda mais
Doer tanto até gastar tudo
Até não sobrar nenhum resquício da dor
E assim, perceber que ela aos poucos se fora
Que a tempestade acalmou
O sol, timidamente, volta a brilhar
E o coração – abrigo secreto da dor -  pronto outra vez estará.

Nenhum comentário:

Postar um comentário